Crítica: Meu Malvado Favorito 3
- Monsieur L.
- 12 de jul. de 2017
- 2 min de leitura

Meu Malvado Favorito 3
Mais uma vez trazendo a fofura e a vilania, em dose dupla
Em 2010 víamos o cinema ser tomado conta por criaturinhas fofas e amarelas, um careca rabugento e um jovem metido a vilão. Depois disso, vimos uma não tão boa continuação com a nova personagem, Lucy (Kristen Wiig/Maria Clara Gueiros); sem contar o spin off "Minions". Agora nos encontramos no terceiro filme da franquia e, se existia uma chance de isso ser um mero caça-níqueis, a resposta é: não. Com três tramas paralelas, o filme se divide em a aproximação de Gru com seu irmão Dru (Steve Carrell/ Leandro Hassum), a trama do vilão Balthazar Bratt e, por fim, a habitual trama dos Minions, que dessa vez se rebelam e saem de casa. A direção do filme conta com um bom suporte do roteiro, que entrelaça boas histórias dos personagens, aprofundando suas histórias. Se tem algo que surpreende é quão interessante são os novos personagens. De um lado, temos Balthazar (Trey Parker/Evandro Mesquita), um ex-astro-mirim de uma série de TV dos anos 80 que busca sua fama novamente. Amargurado com o cancelamento da sua série por ter crescido, ele tenta se vingar de Hollywood, se utilizando de armas que ele tinha para a série, acompanhado de seu robô ajudante, Clive. Do outro lado, temos Dru, irmão gêmeo de Gru. Dru busca em seu irmão a chance de tornar-se um bom vilão e, ao decorrer disso, trazer a vilania de volta para vida de Gru. Porém, se tem algo que o gêmeo cabeludo não tem é perspicácia, deixando seu irmão sempre em apuros. De uma forma certeira, o filme traz uma leveza e, com o auxílio das músicas dos anos 80(muitas vezes utilizadas pelo vilão, em suas danças e vilanias), consegue cativar seu público. Além dos típicos momentos hilários com os Minions, temos momentos de fofura extrema com Agnes. Ademais, há ocasiões boas entre a relação de Lucy com as garotas e sua tentativa de entender o que é ser uma mãe; jornada esta que Gru teve que fazer no primeiro filme, entendendo o que é ser um pai. Algo que carrega um peso nesse filme é a dublagem. Steve Carrell carrega o filme com seu ótimo trabalho com os irmãos; porém os demais dubladores emprestam sua voz de forma simples e já conhecida. Já na dublagem brasileira, Leandro Hassum arrasa ao dar uma voz particular ao Dru, diferenciando da dublagem original, porém interessante. Outro que brilha na dublagem brasileira é Evandro Mesquita, que carrega todo um tom pilhérico e único ao vilão. Mesmo com um enredo simples e até reciclado, essa nova animação da Universal guia a franquia para mais uma nova aventura que, possivelmente, gerará novos filmes. Com piadas para todas as idades e personagens cativantes, a história do rabugento Gru e sua família consegue ainda ter carisma e agradar. Possivelmente esgotará os personagens caso venha novos filmes? Talvez. Mas Meu Malvado Favorito 3 ainda demonstra que a animação tem seu valor e seu e vigor.
Nota: 7,5
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